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08/05/2025 - Coren-RS participa de ato contra a estadualização da saúde em Porto Alegre |
Na última quarta-feira, 07 de maio, o Coren-RS se somou a movimentos sociais, entidades da saúde e à população em mais uma mobilização contra a proposta da Prefeitura de Porto Alegre de repassar ao Governo do Estado a gestão da média e alta complexidade do SUS na Capital. O ato público, organizado pelo Comitê em Defesa do SUS, do qual o Conselho faz parte, foi em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). A conselheira secretária, Sônia Regina Coradini, representou o Conselho na atividade e destacou o posicionamento do Coren-RS, contrário à estadualização e privatização de hospitais e demais serviços que estão sob a gestão da prefeitura de Porto Alegre. “Precisamos, inclusive, reforçar a atenção primária na Capital, para que o atendimento seja qualificado, contínuo e adequado, de modo que as nossas emergências não acabem superlotando, como tem ocorrido hoje”, apontou. “Não iremos nos furtar de defender o SUS no atendimento à população de Porto Alegre”, reforçou a conselheira. A atividade marcou a segunda mobilização sobre o tema, que preocupa as entidades que atuam na saúde pública. A primeira ocorreu no dia 24 de abril, em frente à sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS/POA). Ambas as ações cobraram transparência, diálogo e respeito ao controle social, uma vez que o anúncio da intenção do repasse de gestão ocorreu sem consulta aos Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde. A proposta discutida entre os governos prevê a transferência da gestão de hospitais, prontos atendimentos, exames, saúde mental e serviços de fisioterapia ao Governo do Estado. Para as entidades e movimentos que integram o Comitê em Defesa do SUS, isso representa um grave retrocesso ao modelo de gestão plena do SUS em Porto Alegre, conquistado nas décadas de 1980 e 1990 com ampla participação da sociedade civil e da categoria da saúde. O Coren-RS reitera sua posição contrária a qualquer forma de desmonte ou privatização da saúde pública e reforça que decisões como essa devem obrigatoriamente respeitar os princípios constitucionais de descentralização e participação popular, pilares do SUS. “A Enfermagem é protagonista na defesa do SUS. Não aceitaremos retrocessos que comprometam o acesso universal, gratuito e de qualidade à saúde. Qualquer mudança estrutural precisa passar pela escuta ativa dos trabalhadores e do controle social”, reforçou Sônia. Confira a carta aberta à população assinada pelas entidades e lideranças que integram o Comitê CLICANDO AQUI. Fonte: Setor de Comunicação e Eventos – Coren-RS |