29/10/2012 - Coren-RS, ABEn e Sergs debatem empoderamento dos gaúchos



Dando continuidade a programação do 64º CBEn teve parte as 15h30, no Auditório Principal, a quarta mesa-redonda do Congresso, tratando do tema: "A enfermagem do Estado do Rio Grande do Sul e o empoderamento dos profissionais gaúchos". Compuseram a mesa o enfermeiro Ricardo Rivero, presidente do Coren-RS, enfermeira Nelci Dias da Silva, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul e a enfermeira Teresinha Valduga Cardoso, presidente da ABEn-RS.
A presidente da ABEn começou a apresentação e fez uma grande retrospectiva histórica das ações da Associção Brasileira de Enfermagem, seção Rio Grande do Sul, desde sua fundação. Na opinião de Valduga "nós (categoria) não sabemos "vender" o nosso serviço e, por isto, a sociedade não sabe qual é nosso verdadeiro papel na saúde.Precisamos mudar esta situação". 
Na sequência foi a vez da presidente do Sergs fazer sua explanação. também iniciou com um resgate histórico das ações da entidade que representa, desde 1972. Depois balizou sua apresentação em relatos de colegas, na terceira pessoa, que teriam exposto suas opiniões sobre o que seria o empoderamento e sobre quais as ações que o Sergs estaria fazendo para empoderar a categoria no RS. Segundo Dias, foram recorrentes nos relatos termos como protagonismo, conhecimento, autonomia, melhores condições de trabalho, poder e valorização profissional.
O encerramento da apresentação coube ao Enfermeiro Ricardo, presidente do Coren-RS, que começou sua fala lembrando da grande responsabilidade que o Conselho Regional carrega ao representar mais de 103 mil profissionais no Estado. Para Ricardo vivemos um paradoxo, porque ao mesmo tempo em que estamos, como categoria, constantemente tomando decisões, gerindo nossas equipes, não nos damos conta do poder latente que detemos. "Tomamos decisões mas não nos sentimos empoderados? Será que todas as decisões que tomamos estão pautadas em nossa legislação? Estamos conseguindo pensar coletivamente enquanto categoria?" 
Para o Presidente do Coren-RS, o empoderamento enquanto categoria passa por quatro pontos cruciais: a construção do diálogo com a sociedade e sua consequente sensibilização; a capacidade de mobilização da categoria; a capacidade de articulação institucional e a capacidade de articulação política. "Enquanto Conselho de Enfermagem estamos trabalhando estes pontos. Temos ido ao interior, visitado todas as instituições de saúde, conversado com a categoria, procurado a imprensa para mostrar quem é e o que quer a enfermagem gaúcha", relata Rivero. "É deste forma que vamos unir a categoria, dando-lhe sentido e identidade e nos fortalecendo institucionalmente. É assim que a enfermagem gaúcha vai adquirindo capacidade de mobilização e autoconhecimento, passando a se valorizar mais e ser vista de forma mais positiva pela sociedade", concluiu o presidente da autarquia.
A mesa foi moderada pelo Enfermeiro Joel Rolim Mancia, Coordenador da Subcomissão temática do Congresso.

Texto: Fernanda Barth