26/01/2013 - Presidente do Coren-RS fala na rádio São Lourenço e no Jornal O Lourenciano

Entrevista foi durante o Projeto Multiplica, em São Lourenço do Sul

Durante a realização do 1º Multiplica Coren , em São Lourenço do Sul, com cursos de qualificação e atualização para os profissionais no interior do Estado, o presidente do Coren-RS, enfermeiro Ricardo Rivero, deu entrevista sobre a importância da enfermagem para aprestação de serviços de saúde no País. Durante a entrevista para o jornalista Rui Fernandes, no programa ao vivo, o representante da categoria falou da necessidade de informar a população sobre o que a enfermagem: auxiliares, técnicos e enfermeiros realmente fazem na prestação de serviços de saúde para a população. Quando questionado pelo repórter sobre a falta de um piso salarial e da regulamentação de carga horária da categoria, o enfermeiro Ricardo salientou que infelizmente hoje nossos profissionais só aparecem na mídia se for para noticiar erros praticados, sem se mostrar o porque que estes erros tem acontecido. " O que temos visto pelo interior do Estado é uma categoria humilhada pelos baixíssimos salários, muitas vezes abaixo do mínimo regional, com uma tremenda responsabilidade sobre vidas humanas, e que acabam por ter que pegar dois ou três empregos para poder sobreviver", afirmou o presidente do Conselho. "Esta sobrecarga de trabalho acaba por trazer um desgaste e um estresse tão grandes que volta e meia ocorre algum erro. Nestas horas os profissionais são jogados na mídia como vilões, quando na verdade são pessoas que trabalham em condições extremas, com salários insignificantes", conclui o enfermeiro Ricardo. A o final da entrevista o enfermeiro Ricardo informou que apesar do que é noticiado o índice de erro é muito inferior ao de qualquer outra categoria que trabalhe com saúde, pois somos mais de 1,8 milhão de profissionais no Brasil, 130 mil no RS, realizando milhares de procedimentos por dia. "É preciso que a sociedade e o meio político nos apoiem, que os gestores de saúde se dêem conta do que os nossos profissionais estão passando. Estamos trabalhando junto ao Sindisaúde para reverter esta situação no estado do Rio Grande do Sul. Esperamos que o governo do estado realmente cumpra os 12% da saúde que colocou no orçamento deste ano e que saiba valorizar o trabalho que tem sido feito", concluiu o gestor.

Texto e fotos: Fernanda Barth