15/02/2019 - Coren-RS presta apoio ŕ enfermeira agredida por paciente na UPA Zona Norte, em Caxias do Sul



O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) – representado pelo presidente, Daniel Menezes de Souza, pela procuradora, Paula Noronha, pelo conselheiro Lionel Wirth e pela enfermeira fiscal Helen Mendonça da Rosa – esteve nesta quinta-feira (14/02) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, em Caxias do Sul. Os objetivos foram prestar apoio a uma enfermeira da unidade que foi agredida fisicamente, na noite de segunda-feira (11/02), por uma paciente, e colocar o Coren-RS à disposição das(os) profissionais. O Conselho também cobrará medidas preventivas por parte da empresa terceirizada que administra a UPA e dos governantes.

As(Os) representantes do Coren-RS conversaram com a enfermeira, com parte da equipe de Enfermagem e conheceram as dependências da UPA. “O Coren-RS tem que garantir que o exercício profissional seja executado sem riscos. A Enfermagem vem sofrendo com o fenômeno da violência, que afeta toda a sociedade. Isso é uma situação que nos preocupa muito. Não é porque as agressões verbais, e até físicas, como a que aconteceu aqui na UPA, viraram algo comum, que devemos considerá-las normais”, disse Daniel.

Crise foi agravada pelo fechamento do PA 24 Horas, em outubro

A paciente agrediu a enfermeira com um soco na boca. Ela estaria irritada com o tempo de espera para ser atendida. 

O fechamento do Pronto Atendimento (PA) 24 Horas de Caxias do Sul, em outubro de 2018, agravou a situação da rede pública municipal de saúde. A demanda teve de ser absorvida por outras unidades, como a UPA Zona Norte. A UPA, que tem capacidade para atender 350 usuárias(os) por dia, está atendendo, desde o fechamento do PA, entre 450 e 500 pessoas. Antes disso, a média diária era 250. 

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, a Emergência do Hospital Conceição, em Porto Alegre, uma das maiores do Estado, atende a 300 pessoas por dia. 

O Coren-RS vem acompanhando de perto a situação em Caxias e cobrando, do Ministério Público Estadual (MPE) e Federal (MPF) e da prefeitura, um posicionamento sobre o fechamento do PA e outras questões graves que vêm afetando a qualidade e a segurança da assistência, tanto para profissionais da Enfermagem e da saúde quanto para usuárias(os).

A violência nos locais de trabalho da Enfermagem é um dos temas importantes para o Conselho. Em agosto de 2018, o Coren-RS promoveu, em parceria com a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa do RS, uma audiência pública para tratar do tema. Como resultado do debate, foi criado o Grupo de Trabalho (GT) sobre Violências em Serviços da Enfermagem (saiba mais clicando aqui). O GT construirá propostas, que possam ser colocadas em prática, para lidar com essas situações, e cobrará medidas efetivas do poder público.

Fonte: Assessoria de Comunicação Coren-RS
Jornalista Joanna Ferraz
DRT/RS 12.176