23/09/2020 - Cofen normatiza atuação na punção intraóssea



O plenário do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou a Resolução 648/2020, que dispõe sobre a normatização, capacitação e atuação da(o) enfermeira(o) na realização da punção intraóssea em situações de urgência e emergência pré e intra-hospitalares. A normativa, proposta pela Comissão Nacional de Urgência e Emergência, busca trazer mais segurança no procedimento, crucial para salvar a vida de pacientes graves.

A punção intraóssea é um excelente método de acesso vascular, principalmente quando o periférico não é possível, em razão da situação clínica da(o) doente. Nesse contexto, a(o) enfermeira(o) capacitada(o) no procedimento pode obter o acesso vascular via intraósseo de forma relativamente simples e ágil, conforme evidencias científicas publicadas no mundo.

“A Resolução vem respaldar a(o) enfermeira(o) na execução do seu papel na assistência a(ao) paciente crítica(o), normatizando parâmetros que trazem segurança jurídica”, destaca Eduardo Fernando, Coordenador da Comissão Nacional de Urgência e Emergência do Cofen.

Histórico – O primeiro dispositivo automático de punção intraóssea chegou no Brasil em 2008. O treinamento foi oferecido a um pequeno grupo de médicas(os) e enfermeiras(os), por um paramédico israelense. Já no ano seguinte foi editado parecer do Coren-SP respaldando o uso por enfermeiras(os) treinadas(os). Em 2009, o primeiro procedimento realizado no Brasil foi executado pelo enfermeiro Sérgio Martuchi.

“Fui obrigado a utilizá-lo numa punção no úmero do paciente, em uma emergência pré-hospitalar, pois não havia outro sítio anatômico para fazê-lo”, relata Martuchi, que integra a Comissão de Urgência e Emergência. O ato de Sérgio foi publicado nos anais do III Simpósio Internacional de Acessos Vasculares e Terapia Infusional do Hospital Albert Einstein.

Estabelecida em 2016, a comissão é composta pelas(os) enfermeiras(os) Eduardo Fernando de Souza, Gilson Hanszman, Sérgio Martuchi, Lilian Behring, Marcos Fonseca, Marisa Malvestio e Rildo Bezerra.

Fonte: Ascom - Cofen