O descumprimento da Lei 4.434/2022 e das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) tem gerado revolta dos profissionais de Enfermagem que ainda não receberam o Piso Salarial da categoria. Em entrevista à Rádio Tchê Erechim (CLIQUE AQUI para acompanhar) na manhã desta quarta-feira, dia 11 de outubro, o presidente do Coren-RS, enfermeiro Antônio Tolla, criticou gestores que ainda não estão pagando os valores que são de direito dos trabalhadores. “Os recursos já foram recebidos pelos municípios e serviços de saúde. Não tem razão desse dinheiro ficar guardado e não ser repassado à Enfermagem”, apontou.

Durante a entrevista, ficou evidente que gestores têm segurado os recursos sob a alegação de que não há garantias de que os repasses terão continuidade. “Isso não procede. O Governo Federal já garantiu R$ 7,3 bilhões até o final do ano. Mesmo que esse valor esteja sendo encaminhado parceladamente, os gestores devem pagar o Piso imediatamente aos trabalhadores”, ponderou Antônio.

Outra situação envolvendo o Piso Salarial é a situação financeira de hospitais e demais serviços. Na entrevista à Rádio Tchê Erechim, foi colocado que o Hospital Santa Terezinha, unidade 100% SUS que atende pacientes do município e da região, está em constante situação de dívidas. “A gente entende que muitos serviços de Saúde passam dificuldade, mas isso é uma questão de gestão. E os recursos do Piso Salarial em nada tem a ver com essa situação, pois é uma verba com destino exclusivo aos profissionais de Enfermagem”, contestou o presidente do Conselho.

O Coren-RS segue atento às questões envolvendo o Piso e defendendo o cumprimento integral da Lei 14.434/2022. Denúncias de não recebimento dos valores devem ser encaminhadas aos sindicatos e ao Ministério Público do Trabalho.

Fonte: Setor de Comunicação e Eventos – Coren-RS
Jornalista Ronan Dannenberg
DRT/RS 13.181