|
Não à toa, a medicina insiste na importância do teste do pezinho nos primeiros dias de vida da criança. Com apenas um furinho no calcanhar do recém-nascido, os médicos podem detectar precocemente doenças genéticas, infecciosas e metabólicas. Na lista, estão as alterações de tireoide, principalmente o hipotireoidismo congênito, quando o bebê nasce com produção hormonal abaixo do ideal, caso que ocorre em um nascimento a cada 4,5 mil partos.\r\n\r\nEsse problema também tem como consequência mais grave a deficiência no desenvolvimento do cérebro. Se não for tratado de maneira adequada, a criança não conseguirá se desenvolver intelectualmente. A solução, nesses casos, é a reposição hormonal, com medicações iguais às dadas aos adultos, mas em doses bem maiores. Se um adulto toma de um a dois microgramas da substância tiroxina por dia, um recém-nascido deve ingerir de 10 a 15 microgramas por quilo diariamente.\r\n\r\n– O metabolismo da criança é muito acelerado. Por isso, temos de dar uma dose maior para combater o hipotireoidismo – explica Osmar Monte, chefe do Serviço de Endocrinologia e professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.\r\n\r\nA baixa produção de hormônio também pode ocorrer ao longo da infância e ser uma das causas do pouco crescimento. Se um paciente crescer menos de cinco centímetros em um ano, a tireoide deve ser investigada. Nos adolescentes, a glândula em mau funcionamento provoca o retardo do início da puberdade, que ocorre, normalmente, por volta dos 12 anos nos meninos e aos 10 nas meninas.\r\n |
