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26/06/2010
Menções Honrosas


Equipe de Enfermagem: heróis da minha infância
Daniele Capilheira

Minha ligação com a área da saúde começou bem cedo. Aos 9 anos de idade fui internada por causa de uma reação alérgica muito forte e após fui diagnosticada com a Síndrome de Steven-Johnson. Passei quase 30 dias internada, sendo que na primeira semana, as minhas chances de sobreviver eram poucas, devido as grandes lesões na pele que a reação resultou em todo o meu corpo.

Posso dizer com extrema alegria que Deus me deu uma nova chance a partir desta experiência. Esta internação foi de muito sofrimento, pois poucas pessoas podiam entrar no quarto devido ao grande risco de infecção; além da restrição das visitas, sentia muita dor. Por este motivo ficava restrita ao leito. Para uma criança isto é um grande castigo. No período que fiquei na UTI, que foi a maior parte da internação, gravei no coração toda a equipe de enfermagem. Todo o grupo me passava muita força e esperança de sair daquela situação. Algum colega que já cuidou de pacientes com esta patologia, sabe do extremo cuidado que deve-se ter eles. Eu não podia me ver e por este motivo não podia entrar no quarto nada que refletisse a minha imagem. Desta forma toda a equipe devia ter este cuidado ao entrar no meu quarto. Toda a equipe de enfermagem conseguia me alegrar, mesmo eu estando muito mal.

Fui tratada com muito carinho e amor por todos aqueles profissionais e quando eu saí do hospital disse à minha mãe: “Eu quero usar o branco 24 horas do meu dia, para poder cuidar das pessoas, assim como eu fui cuidada!”. Desde aquela época quis atuar dentro de um hospital. Tentei pó 5 anos um outro curso também da área da saúde na UFRGS e não obtive sucesso no vestibular. Quando estava desistindo da minha missão nesta área, surgiu uma outra alternativa. E esta nova alternativa veio como um bálsamo, pois era justamente o que o meu coração desejava naquele momento, visto que estava entrando em um processo depressivo em minha vida profissional. Desta forma, ingressei na faculdade de enfermagem no ano de 2006 como bolsista. E desde a primeira aula na graduação tive a certeza que era esta a profissão que queria seguir. Algumas pessoas que já atuavam na área não me apoiaram na escolha, mas o meu coração respondia ferozmente que eu estava no caminho certo.

Há mais ou menos um ano atrás tive a imensa alegria de reencontrar algumas das minhas enfermeiras da época da internação, na minha universidade, fazendo parte do corpo docente. E uma delas em especial conseguiu a minha foto da época do hospital, que eu havia deixado na instituição quando eu recebi a alta hospitalar. Foi muita emoção reencontrar esta maravilhosa profissional e a foto que tanto tempo eu havia deixado naquela UTI como uma forma de ajuda as demais crianças que ficaram em tratamento.

Daqui alguns meses, estarei finalizando a minha graduação com muito orgulho e respeito por esta profissão, pois foi sendo paciente que quis atuar como enfermeira e sei que esta minha dupla experiência ajudará na minha atuação profissional. Sou muito grata até hoje por aqueles profissionais que me atenderam tão bem e fizeram com que eu amasse estar no hospital, mas agora de uma forma diferente e tendo o conhecimento científico como base do cuidado.

O cuidado qualificado, como foi o que recebi, fez destes profissionais meus heróis de infância, pois, eles, com muito conhecimento e carinho me reabilitaram para uma vida adulta com poucas sequelas. E hoje posso dizer que desejo ser igual a eles: deixar boas lembranças nos pacientes que sob o meu cuidado e da minha equipe estiverem!
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Motivação na Enfermagem, por que escolhi esta profissão?
Esmeralda Dutra Lemos

Desde jovem, com apenas vinte anos, e mesmo antes de meu nascimento minha mãe já padecia com problemas de saúde. Foram algumas internações, cirurgias e anos em tratamento e acompanhamento. E com treze anos vivenciei, com mais consciência e apreensão, mais uma, de tantas cirurgias, já realizadas por minha mãe.

Inevitavelmente acompanhava sua rotina de internação hospitalar, os cuidados pré-operatórios e toda a angústia que gerava em todos por um desfecho positivo. As horas no aguardo de notícias do bloco cirúrgico naquela silenciosa sala de espera, algo me chamava atenção. Lá no alto fixado na parede e nos corredores observava uma figura feminina, de boa aparência e algo parecido com uma tiara branca na cabeça e com o dedo indicador a frente dos lábios, ordenava “silêncio”. Era a figura de uma Enfermeira, descobri mais tarde e por muito tempo acreditei que a função da Enfermeira(o), sendo também confundida com as dos auxiliares de enfermagem, seria de impor a ordem e o silêncio nas dependências dos hospitais, de andar rapidamente pelos corredores com bandejas a distribuir remédios e dar injeções.

Certa vez minha mãe confessou-me de seu desejo de ser Enfermeira, pois naqueles tempos difíceis em sua infância teria cuidado de pessoas doentes para ajudar no sustento da família e falou-me com carinho de certa senhora que havia cuidado e a satisfação que lhe causara, porém, este desejo foi desviado pelas circunstâncias da vida e acabou não se concretizando. A partir deste momento comecei a observar com mais atenção e curiosidade esta profissão, pois minha mãe havia falado a palavra chave: “cuidado”.

Percebi, então, na rotina de internações com minha mãe, que a Enfermeira(o) não era somente aquela pessoa vestida de branco que caminhava apressada pelos corredores do hospital, levando de quarto em quarto remédios e injeções em bandejas prateadas, exigindo ordem e silêncio. Percebi que era o elo de ligação para o sucesso da recuperação dos enfermos, era o estímulo para os momentos de dor e desesperança, era a mão que segurava a mão quando as sondas e cateteres precisavam ser manuseados, quando a lâmina da agulha cortava a pele, era o auxilio para saciar a fome daqueles que estavam sós, levando-lhes alimento à boca. E tantos foram os gestos e atitudes que observei e que somente hoje, com o amadurecimento e formação posso perceber, sentia respeito e admiração por aquela profissão.

Por isso, atualmente tenho certeza que a vontade em se uma profissional da enfermagem já fazia parte de mim desde aquela época, mesmo sem perceber, e que o desejo de minha mãe também era o meu. E hoje além do respeito e admiração, tenho orgulho e satisfação em exercer a arte de cuidar e em dizer “sou Enfermeira”.

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