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30/11/2022
Artigo – O Brasil precisa decidir se quer ser um país saudável ou doente
Enquanto as discussões sobre o Orçamento de 2023 estão em pleno andamento no Congresso, a classe política precisa decidir se o Brasil vai valorizar a Saúde


Por Betânia Santos - Presidente do Conselho Federal de Enfermagem – Cofen

Mesmo depois da crise sanitária provocada pela pandemia, o Brasil ainda não aprendeu a valorizar a Saúde. Enquanto se mantém a suspensão injusta do Piso Nacional da Enfermagem, o país ainda continua reduzindo os investimentos no setor a patamares inaceitáveis. 

Por causa da atual política fiscal, as consultorias de orçamento da Câmara e do Senado estimam que os recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) atingirão o menor índice dos últimos dez anos em 2023. Somente entre 2021 e 2022, o orçamento da Saúde foi reduzido de R$ 200 bilhões para R$ 160 bilhões. Para o próximo ano, a Confederação Nacional de Saúde (CNS) projeta receitas de apenas R$ 149 bilhões.

A inflação oficial acumulada nos últimos dez anos, entre 2012 e 2021, é de 79,8%. Com isso, essa política de financiamento da Saúde se mostra impraticável e coloca em risco todo o ecossistema montado para o atendimento da população.

Diante disso, no momento em que as discussões sobre o Orçamento de 2023 estão em pleno andamento no Congresso, a classe política precisa decidir se o Brasil vai ser um país doente ou saudável. Ou seja, se vai investir os recursos necessários para o funcionamento do SUS ou se vai deixá-lo ser derrotado.

Importante lembrar que, segundo a Associação Brasileira de Economia em Saúde (Abres), a cada um real que é investido na área, a sociedade recebe R$ 1,70 de volta. Portanto, valorizar a saúde é também essencial para o crescimento econômico do país.

O recrudescimento orçamentário do SUS está atingindo em cheio a qualidade da atenção primária, a oferta de medicamentos gratuitos, as campanhas de vacinação, a realização de cirurgias, a prevenção e o controle de doenças e a proteção às(aos) indígenas.

Ato contínuo, a falta de investimentos na área está massacrando as(os) profissionais de Enfermagem, que se sentem doentes, desvalorizadas(os) e sem perspectivas de futuro. Assim, é igualmente necessário definir recursos no Orçamento para acabar com os salários miseráveis e com as jornadas exaustivas que atingem essas(es) trabalhadoras(es). 

Da mesma forma que os jogadores são valorizados, as(os) profissionais de Enfermagem precisam de reconhecimento efetivo com a garantia de direitos básicos como salário justo, jornada decente e descanso digno. Para o bem da população, não adianta ganhar no campo dos esportes, mas morrer na área da saúde.

#PisoEnfermagemAgora

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