Contato / Chat
LiveZilla Live Help
COREN-RS
Acesso do Profissional

CADASTRE-SE | LEMBRAR SENHA

Acesso à Informação
Página inicial >>> SERVIÇOS >>> Notícias

 versão para impressão

26/03/2013
Prematuros precisam de cuidado redobrado, alertam especialistas
O nascimento prematuro traz grandes riscos para saúde dos bebês, mas muitas mães não sabem disso

É o que mostra pesquisa realizada no fim do ano passado em 19 países, incluindo o Brasil, pela PSL Research (agência de pesquisas sobre o mercado de saúde), que apontou que 50% das mães desconhece tais perigos e creditam essa falta de conhecimento a falhas na orientação dos médicos. Para o ginecologista Leandro Feijó Sonnberger pode haver falhas dos dois lados. A paciente pode ser desatenta às orientações médicas, devido ao excesso de informações repassadas durante o pré-natal. Por sua vez, médicos podem estar explicando esses riscos de maneira muito técnica - conduta que deve ser repensada, segundo ele. As duas situações acontecem. Há culpados dos dois lados, não dá para crucificar ninguém.
O também ginecologista Marcelo Agudo Carvalho de Mendonça diz não acreditar em falha na orientação médica, pois o pré-natal é justamente para ver os problemas que podem ocorrer durante a gravidez.

Metade dos partos antecipados não tem causa específica
Segundo o ginecologista Leandro Feijó Sonnberger, em apenas metade dos partos prematuros é possível detectar a causa, como má formações no útero (mioma e presença de pólipos) e ainda infecções urinárias e genitais durante o pré-natal. São fatores que desencadeiam o trabalho prematuro e que têm de ser analisados durante o pré-natal. A outra metade do número de partos, segundo ele, mesmo com os avanços da medicina, ainda são uma incógnita.

Os primeiros meses de vida são os mais difíceis e o bebê que não teve complicações ao nascer geralmente atinge o equilíbrio de acompanhamento até os dois ou três anos de idade. Mas esse tempo de atenção redobrada pode variar conforme as condições de nascimento, a situação em que a criança se encontrava ao ter alta hospitalar e do quão prematuro foi o parto, segundo o pediatra Edison Nagata.

Projeto da UEL acompanha bebês prematuros e incentiva aleitamento
Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento de bebês que nasceram prematuramente é o foco de um projeto desenvolvido no Ambulatório do Hospital de Clínicas pelo departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina. A professora Adriana Zani, que participa do projeto, explica que a ação principal é o estímulo ao aleitamento materno de prematuros. O aleitamento auxilia no crescimento e na imunidade dos bebês, já que geralmente eles têm imunidade menor que os demais.

Uma das mães acompanhadas é a enfermeira Luciane Aparecida Romão Oliveira, 29. Ela começou a ter pressão alta durante a gravidez e o bebê estava com peso baixo e pouco crescimento. A filha, Isadora, nasceu com 30 semanas de gestação. Hoje a menina tem acompanhamento de fonoaudióloga e neurologista e não teve grandes problemas logo após o parto. "Ela teve um pouco de apneia apenas", conta.

O parto considerado prematuro é o que acontece antes de 37 semanas de gestação, segundo a Organização Mundial de Saúde. O principal perigo para um bebê nascido antes desse período é desenvolver deficiências neurológicas, segundo o ginecologista Leandro Sonnberger. As sequelas podem ser tanto intelectuais quanto afetar movimentos. Essa falha motora pode ocasionar dificuldades para a amamentação, pelo fato de os bebês não conseguirem sugar o leite da mãe. Porém, ele ressalta que não se pode generalizar. Não podemos rotular que a causa é a prematuridade. Pode haver outra situação, esclarece.

Teodora nasceu prematuramente, com 33 semanas de gestação. Ela simplesmente resolveu nascer. Saiu o tampão do útero , senti a barriga pesada, o peito muito quente e daí a alguns dias, quando eu fui fazer exames, entrei em trabalho de parto , conta a mãe, Talita Cauana Vidoti, 25. Depois do parto, o bebê teve crises de apneia e passou um tempo na incubadora e na UTI. Teodora nasceu com 41 cm e 1,8 kg.

Talita diz que só teve a dimensão dos riscos do parto prematuro depois que Teodora saiu do hospital. Hoje, dois anos e meio depois, ela ainda credita à prematuridade o fato de a respiração da filha trancar com mais facilidade em dias frios. Talita está mais uma vez grávida e o cuidado é redobrado. Pelo meu histórico, de já ter tido um parto prematuro, o ginecologista disse que tem que ter atenção.

Multiprofissional
Nos casos em que existe a confirmação de que o parto vai ser prematuro, um dos primeiros cuidados que se deve tomar é procurar hospitais referenciados nesse tipo de atendimento. Não só a estrutura deve estar adequada. A equipe precisa estar preparada para identificar as necessidades do bebê que chegou antes da hora.

O pediatra Edison Nagata explica que, após o parto, devido a vários outros riscos para a saúde, os bebês prematuros necessitam do que ele chama de cuidado multiprofissional . Os bebês recebem acompanhamento de oftalmologistas, para evitar complicações visuais, como retinopatia; fonoaudiologistas e otorrinos, para cuidar da fala e da deglutição, conta.

Compartilhe esta notícia com outras pessoas:

Outras noticias

28/03/2024
Coren-RS na Área realiza 190 atendimentos em março


28/03/2024
Nota oficial: esclarecimentos sobre condenação por improbidade em gestão do Coren-RS de 2012 a 2015


28/03/2024
Coren-RS lança Protocolo de Enfermagem na APS voltado ao pré-natal


27/03/2024
Coren-RS cobra gestores diante de frequentes casos de violência contra profissionais de Enfermagem nos serviços de Saúde


 
 
Atendimento apenas por agendamento prévio. Clique aqui para agendar seu horário.
Av. Plínio Brasil Milano, 1155 - Bairro Higienópolis - Porto Alegre/RS - CEP 90520-002 - Fone (51) 3378.5500
©2016 - COREN-RS - Desenvolvido pela Assessoria de Tecnologia da Informação do COREN-RS