Após a reunião, os 13 andares do Hospital foram percorridos e os vereadores da Comissão de Saúde e os representantes das entidades ouviram todos os profissionais. Para citar alguns exemplos, no Bloco Cirúrgico são feitos cerca de 12 procedimentos por dia com uma equipe reduzida; a UTI atende cinco pacientes a mais do que poderia, tem equipe pra 20 leitos e atende 25, todos pacientes de alta complexidade e totalmente dependentes; a equipe de saúde desabafa que a sobrecarga é diária e que é insustentável continuar trabalhando desta forma, pede atitude por parte dos responsáveis; outro profissional relatou que a falta de leitos é crônica na UTI Neo-Natal e que existem crianças de até dois anos de idade internadas; que a redução de horas extras em toda a saúde do município refletiu diretamente no fechamento de leitos, prova é que o quarto andar do hospital, onde deveriam ser feitas as internações pediátricas, está completamente equipado e fechado por falta de pessoal.

Para o enfermeiro Ricardo Rivero o grande problema é quando a lógica dos números, custos, orçamentos se sobrepõe à questão do atendimento em saúde, causando uma desumanização do cuidado e colocando as pessoas em segundo lugar. Os vereadores da Comissão de saúde irão compilar os dados levantados em todas estas visitas e buscar uma audiência com o Prefeito Fortunati. As visitas aos Pronto Atendimentos municipais serão agendadas para os próximos dias.

Acompanharam a visita além do presidente do Coren-RS, enfermeiro Ricardo Rivero, o presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores, vereador Dr. Tiago, o vice-presidente da Comissão, vereador Mauro Pinheiro, vereadora Jussara Cony, vereadora Lourdes Sprengler, representantes do Sergs, Soergs, Sintergs, Simpa, Simers, Abrasul, Comissão de Segurança no Trabalho e Ong Posso.