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27/05/2016
Conferência Mundial de Promoção da Saúde ressalta importância do SUS


Na abertura da 22ª Conferência Mundial de Promoção e Educação na Saúde, realizada no dia 22 de maio, os representantes nacionais e internacionais das instituições mais importantes para a área da Saúde discursaram sobre o evento e a situação política que o Brasil passa. As críticas ao anúncio, pelo governo federal, dos cortes no SUS – Sistema Único de Saúde e o reconhecimento do seu papel fundamental para a democracia foram unânimes.

O pensador global David Stuckler encerrou a noite com sua palestra sobre a gestão política em momentos de crise e as implicações na saúde pública. O evento, organizado pela União Internacional para a Promoção da Saúde e Educação para a Saúde – UIPES, reúne mais de 2 mil pessoas envolvidas com promoção de saúde e equidade de 70 países e tem o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) como um dos patrocinadores e expositor.

A mesa de abertura da solenidade foi composta por Michael Sparks, presidente da IUPES, Gustavo Fruet, prefeito de Curitiba, Joaquín Molina, representante da OPAS/OMS – Organização Panamericana de Saúde e Organização Mundial da Saúde no Brasil, Paulo Angeiras de Goes, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, Ronald dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde do Brasil, e Cesar Titton, secretário Municipal de Saúde de Curitiba.

Democracia e saúde – Após a apresentação do Coral Brasileirinho, mantido pela Fundação Cultural de Curitiba, a organizadora local da Conferência, Simone Moyses, saudou os presentes e destacou que mais do que nunca territórios e regiões do mundo precisam de solidariedade e de coragem para compreender e apoiar o convívio das diferenças étnicas, etárias, de capacidade, de gênero e de orientação sexual. “Precisamos garantir a democracia e a ética, os direitos conquistados legitimamente pelas sociedades que sustentem a valorização e a defesa da vida com saúde e equidade, princípios e valores que serão discutidos durante o encontro mundial em Curitiba”, assinalou.

“Essa Conferência deve ser palco de debate democrático da saúde como inclusão social, direito e cidadania”, disse Ronald dos Santos em seu pronunciamento, conclamando todos os presentes a reafirmar a diversidade brasileira e a erguer bem alto a bandeira da democracia e da saúde pública.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde do Brasil argumentou que o SUS tem sido porta de entrada de direitos sociais exatamente porque compreende saúde na dimensão da promoção e da qualidade. “Ele reconhece que integra políticas sociais que visam à superação das desigualdades, das iniquidades e o reconhecimento da diversidade e pluralidade do país”, disse. “Esperamos que, com esta Conferência, digamos ao mundo que não há democracia sem SUS e nem SUS sem democracia”.

Troca de experiências – O vice-presidente da Abrasco destacou a importância da troca de conhecimentos e experiência de promoção de saúde, que serão constantes durante a Conferência. Paulo Goes alertou, ainda, que a ameaça de morte do SUS é uma usurpação do direito constitucional de acesso à saúde. “Uma mudança no direito universal da saúde no país é inadmissível, injusto e antidemocrático”, destacou. Ele aproveitou o momento e homenageou os profissionais de saúde e os jovens brasileiros que resistem até hoje bravamente na busca pela garantia dos seus direitos, entre os quais a saúde. “A melhor forma de defesa do SUS é intensificarmos o esforço para garantir a reforma sanitária. Não há saúde sem justiça social nem democracia”, declarou.

Molina, representante da Organização Panamericana de Saúde – OPAS/OMS, argumentou que em todos os países e territórios das Américas os mais ricos têm maior expectativa de vida e usufruem de melhor saúde que os menos favorecidos. “Isso é injusto, e alguns grupos ainda enfrentam diferentes formas de desigualdade, que podem sobrepor-se à posição e a condição econômica, como as relacionadas ao sexo e à etnia”, falou. Destacou que a OPAS compartilha com o SUS valores de equidade e acesso de todos à saúde. “Nós vemos um só caminho para ao SUS: fazer mais saúde, fazê-lo mais universal, fazer o SUS cada vez mais SUS”, concluiu.

Equidade – Ao abrir oficialmente a Conferência, o presidente da UIPES, Michael Sparks, disse ainda que há uma grande diferença de perspectiva de vida e acesso à saúde entre os que têm e os que não têm posses econômicas, e se solidarizou com as demais autoridades que defendem o fortalecimento do Serviço Único de Saúde (SUS). Sparks ressaltou que a lacuna entre ricos e pobres tem aumentado. “É nossa responsabilidade lutar por equidade e sustentabilidade na saúde; esta Conferência nos permite compartilhar experiências, aprender e revigorar o debate sobre a importância da democracia”, citou.

Em seguida, os coordenadores do Comitê Científico da Conferência da UIPES, Marco Akerman e Louise Potvin, declararam que o produto do trabalho dos participantes irá alimentar e inspirar um conjunto de propostas e posicionamento coletivo frente aos desafios em promoção de saúde, da equidade e do desenvolvimento sustentável. “Diferenças sim, desigualdades não. Pluralidade na invenção da vida”, destacaram.

A palestra inaugural da Conferência, intitulada Promoção da saúde e da equidade, foi proferida pelo professor inglês David Stuckler, da Universidade de Oxford, pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e nomeado como um dos 100 melhores pensadores globais. Stuckler afirmou que, mesmo no pior desastre econômico, os efeitos negativos sobre a saúde pública não são inevitáveis, e dependem fortemente da gestão política. Mostrou os resultados de uma década de pesquisa sobre o custo humano das políticas de cortes e afirmou que a severidade não é uma solução para a crise econômica, mas eventualmente torna-se um fator agravante e, além de ter efeito nocivo para a saúde da população. Para ele, apenas um sistema justo e equitativo e acompanhado de políticas inteligentes fortalece as redes de segurança pública e assegura o bem-estar das populações.


Fonte: Ascom - Cofen/ Assessoria de Imprensa da 22ª UIPES

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