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26/03/2018
Coren-RS debate violência obstétrica


A humanização do parto é uma necessidade tanto para reduzir os níveis de violência contra as mulheres quanto para atualizar os procedimentos obstétricos às evidências científicas que demonstram que os melhores resultados são obtidos pelos profissionais da enfermagem. A conclusão é resultado do debate “Parto Humanizado: Luta e Direito das Mulheres”, promovido pelo Coren-RS, na segunda-feira, 26 de março, no plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

O evento lotou três salas da Assembleia e reuniu profissionais da enfermagem e de outras áreas da saúde, além de muitos estudantes. A atividade é uma promoção do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) que elegeu a violência obstétrica como tema para as atividades relativas ao dia internacional da mulher.

"Não podemos mais permitir práticas que são iatrogênicas ainda sejam utilizadas nos partos", disse a enfermeira Virginia Moretto, presidente da Abenfo-RS, durante a palestra.

A especialista enfatizou que o parto humanizado incorpora conhecimento e atualizam as práticas obtendo maior resolutividade. A técnica de enfermagem e psicóloga Edite Aires também enfatizou a necessidade de desmontar mitos compartilhados na cultura da família e prestar atenção nas condições emocionais da mãe e dos profissionais da saúde. Ambas reforçaram a importância de preservar o contato entre a mãe e o bebê, destacando os primeiros momentos como cruciais para a criação de vínculos afetivos que serão importantes durante toda a vida.

Desagravo

Durante o mês de março, o Conselho promoveu campanha em redes sociais para sensibilizar a categoria sobre a importância da Enfermagem na humanização do parto e no respeito dos direitos das mulheres decidirem sobre procedimentos que envolvem diretamente seu corpo. O evento de encerramento da campanha também contou com uma sessão de desagravo público à toda a categoria, desrespeitada por uma médica residente de pediatria que, em postagens realizadas em suas redes sociais em março de 2017, desqualifica o trabalho das(os) enfermeiras(os) obstétricas. na assistência ao parto.

As conselheiras Claudete Miranda e Nelci Dias relataram os detalhes do processo administrativo de desagravo feito a partir de uma denúncia da Ouvidoria do Coren-RS e a enfermeira Leila Rabello representou a equipe de enfermagem obstétrica diretamente atingida pelas postagens em questão.

"O Coren-RS não hesita em fazer a defesa da enfermagem, do direito das mulheres e do hospital público", disse a conselheira do Coren-RS Nelci Dias ao lembrar das pessoas e entidades que tem atuado na defesa das prerrogativas do exercício da enfermagem na obstetrícia.

Parto Humanizado

A iniciativa tem como objetivo informar e sensibilizar a sociedade e profissionais da saúde sobre a importância de humanizar o trabalho da Enfermagem na assistência às mulheres durante a gestação e o parto.

A OMS define violência obstétrica como desrespeitar, abusar ou maltratar uma mulher durante a gestação e o parto. Em 2014, a organização formalizou uma resolução em que considera esse tipo de violência como uma violação dos direitos fundamentais das mulheres e uma infração a princípios humanitários adotados internacionalmente.

No Brasil, além do alto índice de partos do tipo cesariana, há preocupação em evitar situações de desconforto e inconformidade durante o atendimento em instituições de saúde. Neste quadro, o Coren-rs pauta o tema tanto para sensibilizar a categoria que é a linha de frente dos atendimentos obstétricos quanto para informar às mulheres sobre seus direitos.

Parto com respeito

A atuação e a responsabilidade dos profissionais de enfermagem na assistência à mulher e ao recém-nascido durante a gestação e parto estão definidas pela Resolução Cofen 0516/2016 e o exercício destas atribuições são um direito das enfermeiras obstetras. Além de alertar sobre práticas disseminadas no cotidiano dos serviços de saúde que expõem as mulheres a situações de violação de direitos ou mesmo as que estão vedadas aos(às) profissionais da Enfermagem como criar dificuldades à presença de acompanhantes (decisão Coren-RS 052/2016) e participar da realização da manobra de Kristeller (decisão Coren-RS 095/2016), o Coren-RS coloca em debate durante o mês da mulher a necessidade de defender o respeito às prerrogativas das profissionais. O trabalho da enfermagem na obstetrícia é garantia de atenção integral à saúde da mulher e não pode ser considerado uma redução na qualidade do atendimento. Por isso, o Conselho fará uma sessão pública de desagravo, em 26 de março, para reafirmar a importância da atuação da categoria diante dos ataques e questionamentos feitos em relação ao desempenho das funções específicas da enfermagem na atenção à gestação.


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