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31/07/2008
Orientações sobre o controle da disseminação do acinetobacter
I.O QUE SÃO: \r\n\r\nAcinetobacter sp, são microorganismos do gênero bacilos gram-negativos. Podem ser definidos como Pan-Resistentes, quando resistente a todos os anti-microbianos testados e Multi-Resistentes, quando sensível a alguns como a Polimixia, susceptibilidade variável a Ampicilina, Sulbactam (ou outra associação com Sulbactam) e a Doxicilina e resistente aos Carbapenêmicos.\r\n\r\nII.ONDE ESTÃO LOCALIZADOS: \r\n\r\nOs microorganismos Acinetobacter sp possuem preferência por ambientes úmidos.\r\nNo ambiente hospitalar pode ser encontrado nas fontes úmidas, como válvulas de gases e circuitos de ventiladores mecânicos, umidificadores, nebulizadores e leite humano proveniente de bancos de leite. \r\n O Acinetobacter sp também pode sobreviver em locais secos, como pisos, colchões, mesas, luvas, mãos, termômetros, fluxômetros, travesseiros, materiais de fórmica (como prontuários), por até 13 dias.\r\n\r\nIII. QUEM ESTÁ SUSCETÍVEL À INFECÇÃO: \r\n \r\nPacientes hospitalizados, debilitados, submetidos a procedimentos invasivos e a terapêutica antimicrobiana de amplo espectro, especialmente os internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), são os hospedeiros ideais para infecções por Acinetobacter sp. Esses pacientes quando infectados possuem alto índice de gravidade e mortalidade.\r\n Quando as defesas do hospedeiro estão intactas, ocorre com mais freqüência a colonização da pele e mucosas do que a invasão de tecidos.\r\n\r\nIV. COMO OCORRE A TRANSMISSÃO: \r\n\r\n A principal forma de transmissão do Acinetobacter sp, ocorre por contato, através das mãos dos profissionais de saúde que se colonizam. A transmissão pode ser por contato direto ou indireto:\r\n \r\n- CONTATO DIRETO: Transferência física de microorganismos entre o hospedeiro suscetível e a pessoa infectada ou colonizada. Ex: procedimentos como mudança de decúbito, banho de leito.\r\n\r\n- CONTATO INDIRETO: Transferência por meio de um objeto contaminado (reservatório). Ex: material contaminado como agulhas, curativos ou luvas.\r\n\r\nV. MEDIDAS DE PROTEÇÃO:\r\n\r\n As medidas de bloqueio epidemiológico recomendadas são as Precauções de Contato, com a utilização de barreiras físicas (luvas e aventais) entre o material infectante e o profissional de saúde, além das Precauções Padrão, preconizadas para assistir a todo e qualquer paciente e / ou manipular material biológico.\r\n\r\n1.ALOCAÇÃO DE PACIENTES COLONIZADOS/INFECTADOS: \r\n\r\n- Quarto individual, com banheiro;\r\n- Quando não for possível obter quartos individuais, pode-se fazer coorte de pacientes, ou seja agrupar em uma mesma enfermaria com banheiro;\r\n- Manusear a roupa de cama e do paciente de maneira a evitar disseminação de microrganismos, não devem ser sacudidas ou depositadas sobre equipamentos ou em contato com o piso. Acondicionar a roupa em hamper e quando presença de secreções em saco plástico;\r\n- Desinfectar as superfícies ao redor do paciente com álcool 70% ao final de cada turno;\r\n- Restringir as visitas.\r\n\r\n2. HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS: \r\n\r\nLave as mãos com água e sabão mais álcool gel antes e após assistir o paciente:\r\n- Ao iniciar turno de trabalho;\r\n- Antes do preparo e manipulação de medicamentos;\r\n- Antes de realizar procedimentos assistenciais;\r\n- Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente;\r\n- Antes da colocação de luvas e após a remoção das mesmas.\r\n- Use luvas antes de manipular o paciente e / ou material contaminante (sangue, secreções e líquidos corporais) e qualquer superfície ao redor do paciente (leito e grades, mesa de cabeceira, etc.) desprezando-as em seguida.\r\n\r\n3. AVENTAL DESCARTÁVEL:\r\n \r\n- Uso individual de manga longa e obrigatório;\r\n- Vestir antes de manipular o paciente, inclusive durante o transporte, como exames e procedimentos e, após, descartá-lo antes de deixar o quarto.\r\n \r\n4. USO DE MÁSCARA, ÓCULOS E PROTETOR FACIAL: \r\n\r\n- A máscara cirúrgica deve ser descartável e os óculos /protetor desinfetável;\r\nUtilizar em risco de exposição a respingos de materiais biológicos.\r\n\r\n5. CUIDADOS COM ESTETOSCÓPIOS, ESFIGMOMANÔMETROS E TERMÔMETROS:\r\n\r\n- Devem ser de uso exclusivo do paciente ou sofrer desinfecção prévia com álcool 70% antes de serem utilizados em outro paciente;\r\n- Providenciar limpeza e desinfecção de materiais ano final de cada turno e na alta do paciente realizar limpeza terminal minuciosa;\r\n- Proteger o esfigmomanômetro com compressa individual.\r\n\r\n6. VISITANTES E ACOMPANHANTES: \r\n\r\n- Orientar quanto à higienização das mãos com água e anti-séptico degermante ou solução alcoólica na chegada à unidade, antes e após qualquer contato com o paciente e superfícies próximas ao seu leito e imediatamente antes de deixarem o quarto ou a unidade.\r\n\r\n- Em unidades de internação pode ser liberado a entrada de no máximo dois visitantes por vez, em UTIs, no máximo um por vez.\r\n\r\n7. DURAÇÃO DAS MEDIDAS DE BLOQUEIO\r\n\r\n- Os estudos têm demonstrado que a colonização pelo Acinetobacter sp pode permanecer por muitos meses mesmo após o tratamento da infecção. Assim, as medidas de bloqueio epidemiológico devem permanecer durante toda a internação hospitalar.\r\n
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