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14/06/2021
Estoques de sangue no RS estão em estado crítico



Na pandemia, os hemocentros pelo país intensificaram as já rígidas medidas de segurança e controle para garantir a proteção de doadoras(es) e funcionárias(os) dos bancos de sangue. O alerta sobre a queda nos estoque dos bancos de sangue no Rio Grande do Sul é da gestora de Captação de Doadores de Sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Patrícia Paim Ferreira Seltenreich, que participará de painel sobre o assunto, nesta segunda-feira, 14, a partir das 19h30, ao lado da enfermeira intensivista Monalisa Sosnoski, especializada em hemoterapia.

O painel, que marca a passagem do Dia Mundial do Doador de Sangue, busca dar visibilidade à realidade enfrentada pelos bancos de sangue gaúchos na pandemia e sensibilizar a população para a doação. A live será transmitida ao vivo pelo Canal da Fundação Ecarta no YouTube (CLIQUE AQUI).

A taxa de doação voluntária de sangue da população brasileira é de apenas 1,6%. Em 2020, em função da pandemia, a redução na doação de sangue no país foi de 20% e o problema continua em 2021. “Precisamos do suporte de hemocomponentes para atender todo fluxo, desde a emergência até cirurgias de grande porte”, alerta Patrícia.

O painel terá a mediação da jornalista Glaci Salusse Borges, produtora do projeto Cultura Doadora, da Fundação Ecarta, e conta com o apoio do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul e do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RS).

De receptora a doadora

Com três meses de vida, Monalisa Sosnoski teve uma anemia grave e precisou de transfusão de sangue. “Aquela transfusão me salvou e impulsionou toda minha vida”. Hoje, com 42 anos, trabalhando no Banco de Sangue do Hospital de Clínicas, ela é doadora regular e trabalha para que as pessoas façam o mesmo gesto.

“Só posso estar onde estou porque alguém me ajudou em algum momento. Ressalto que as pessoas nunca esperem que a dor chegue perto para realizar essa boa ação porque se torna mais difícil para ser realizado. Há impedimentos, mas podem ser vencidos, a gente pode dedicar pelo menos duas vezes por ano e ajudar muitas pessoas”, convida.

O uso de sangue no sistema de saúde é diário e contínuo. É um insumo com prazo de validade que exige reabastecimento permanente. Patrícia destaca o valor de educar a população seja para doação de órgãos ou de sangue por aumentar . “Temos que trabalhar essa empatia no dia a dia para conseguir aumentar conscientização e encorajamento. Mostrar que é um procedimento simples e todos podem doar pelo menos duas vezes no ano. Não tem mistério”, convida a profissional de saúde.

A taxa de doação voluntária de sangue da população brasileira está em 1,6%. No Hospital de Clínica o percentual de doadores elegíveis é de 1,8%. “Precisamos aumentar esses números urgente para ter estoques compatíveis com o fluxo de pacientes”, alerta Seltenreich, especialista em Imuno-hematologia.

Restrições na pandemia

Na pandemia, os hemocentros pelo país intensificaram as já rígidas medidas de segurança e controle para garantir a proteção de doadores e funcionários dos bancos de sangue.

Pessoas infectadas pela Covid19 devem guardar pelo menos 30 dias depois da completa recuperação para fazerem a doação. Pessoas com sintomas gripais devem aguardar sete dias. Os doadores podem fazer o agendamento on-line e são recebidos em menor número que o habitual para atendimento espaçado e seguro.

“Estamos fazendo todo esse enfrentamento e a adaptação ao novo modelo de atendimento”, conclui Patrícia Seltenreich. “É uma luta diária. Entendemos o momento atual de refluxo, porque ainda é de medo visto que muita gente ainda não foi vacinada”, relata a gestora do Banco de Sangue o HCPA. “Vivemos uma pandemia há mais de um ano. Temos que administrar a problemática do calendário de vacinas, a temperatura baixa no inverno que também compromete a saúde dos nossos doadores”.

O HCPA ampliou o número de atendimento em geral decorrente também da expansão do hospital escola, porém a doação de sangue reduziu, informa.

Sangue para transplantes

Para cada transplante de órgãos são necessários cerca de 20 doadoras(es) do grupo sanguíneo da(o) paciente. Para a(o) paciente entrar em sala é preciso ter no mínimo 20 bolsas reserva de sangue, plaquetas e plasma. Para transplantes cardíacos a reserva é de 10 bolsas de cada elemento (30). Para transplantes hepáticos o volume sobre para 40 unidades.

“A população precisa saber que sem um bom estoque os transplantes não acontecem. Que não se perca nenhum órgão por falta de aporte celular! É um tema que tem de ser colocado de forma clara porque nem todos sabem disso”, destaca Patricia.

A gestora do Banco de Sangue do HCPA, um dos hospitais referência em transplantes de órgãos sólidos e medula, observa que para garantir quantidades de cada um dos grupos sanguíneos é preciso uma captação boa de todos os grupos.

“Estimular a cultura doadora, seja de sangue ou de órgãos e tecidos é fundamental. A educação para este ato generoso que salva vidas deve ser evidente a todos os gestores de saúde”, ressalta a especialista.

Como doar

É necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos. No dia da doação, estar alimentado, evitar alimentos gordurosos e ter dormido ao menos seis das últimas 24 horas. Apresentar documento oficial com foto.

Homens podem doar novamente após dois meses, em um total de até quatro vezes por ano. Para mulheres, esse intervalo é de até três vezes por ano, com uma doação a cada no mínimo três meses.

Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml de sangue. A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde porque a recuperação é imediatamente após a doação.

Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e beneficia mais de um paciente com apenas uma unidade coletada.

Não podem doar gestantes, mães que estão amamentando, pessoas que tiveram quadro de hepatite após os 11 anos de idade e quem já utilizou drogas ilícitas injetáveis. São critérios de eliminação também evidências clínicas ou laboratoriais de doenças transmissíveis pelo sangue, como hepatites B e C, Aids, HTLV 1 e 2 e doença de Chagas.

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a Anvisa retirou em julho de 2020 a restrição da doação de homens gays. Até então, homens que tivessem se relacionado sexualmente com outros homens num prazo de 12 meses eram proibidos de doar. A medida discriminatória é inconstitucional.

Dia do Doador

O Dia Mundial do Doador de Sangue foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2014. O dia escolhido é uma homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner (1868-1926), imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e várias diferenças entre os diversos tipos sanguíneos. O Dia Nacional da Doação de Sangue no Brasil é comemorado em 25 de novembro.

Fonte: Fundação Ecarta

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