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22/03/2022
Dia da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial é abordado em live do Coren-RS
Nesta segunda-feira, 21 de março, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) promoveu uma live alusiva ao Dia da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. O tema foi inserido no contexto da Enfermagem, em que 53% das(os) profissionais se declaram pretos ou pardos, sendo a grande maioria mulheres. A transmissão pode ser vista na página do Coren-RS no Facebook ou no canal do Conselho no YouTube.
A enfermeira Maria Lúcia Pereira de Oliveira, conselheira do Coren-RS, iniciou a live com um resgaste histórico das(os) negras(os) na Enfermagem, destacando que a profissão nasceu elitista e com base na eugenia, enaltecendo mais pessoas brancas. “Negros e mestiços eram considerados não dignos e sempre foi dado a eles funções menos valorizadas. Neste contexto se encontra a mulher negra, que era impedida de ingressar em formação profissional, pois estava fora da representação social padronizada pela mulher branca, jovem e de boa conduta moral”, citou. Ainda hoje, na Enfermagem, profissionais negras(os) estão concentradas(os) em postos de nível médio e mais precarizados, com menor remuneração em relação a trabalhadoras(es) brancas(os).
Roseana Maria Medeiros, enfermeira e doutora em Educação, integrante do Grupo de Trabalho (GT) de Enfrentamento ao Racismo na Enfermagem do Coren-RS, também participou da live. Ela destacou que “o abismo entre negros e as demais raças e etnias pode ser resolvido, mesmo que a passos lentos, por meio da educação” e, também, por mudanças de comportamento individual dentro das famílias. “Temos no Brasil uma família muito conservadora, que reproduz e perpetua muitos preconceitos, entre eles o racial”, comentou.
Ainda na educação, a enfermeira Gerusa Bittencourt, mestranda em Saúde Coletiva, salientou a necessidade dos cursos de formação abordarem a história de negras(os)no cuidado. “É um tema que não pode ser apenas pauta, algo que se discute pontualmente no dia 21 de março, por exemplo. Deve ser uma diretriz, pois é um assunto transversal. A Enfermagem, enquanto instituição, precisa reconhecer o cuidado a partir das mulheres negras, sejam elas escravizadas ou no período posterior”, considerou ela, que encerrou a live cantando a versão antirracista do Hino Rio-Grandense.
A enfermeira, cientista social e doutora em Saúde Coletiva Gisele Cristina Tertuliano enfatizou a necessidade de contextualizar a realidade da população negra e suas demandas na assistência em saúde. Para ela, é necessário capacitar profissionais para promover a equidade no atendimento e mudar os instrumentos dentro dos serviços de saúde. “É necessário ter um olhar diferenciado para a população negra, sabendo quais as doenças que prevalecem”, afirmou.
Todas as lives do Coren-RS ficam salvas nas redes sociais. Acesse nossa página no Facebook ou nosso canal no YouTube e confira os demais temas já abordados pelo Conselho.
Fonte: Setor de Comunicação e Eventos – Coren-RS
Jornalista Ronan Dannenberg
DRT-RS 13.181
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